Nos anais dos negócios, a jornada da marca de suplementos EAS, desde sua dominação global até seu eventual declínio, oferece insights valiosos.
Lá em 1995, tive a sorte de conhecer à EAS.
Em poucos anos, nossas vendas dispararam para mais de $200 milhões, e tínhamos mais de 300 funcionários.
Para aqueles que se lembram dos primeiros dias dos produtos EAS, como Phosphagen, HMB e MyoPlex, vocês podem se recordar da incrível demanda criada para essa marca graças à habilidade de marketing do proprietário Bill Phillips.
Uma vez celebrada como o auge dos suplementos esportivos, a queda da empresa oferece uma lição de como até mesmo as marcas mais poderosas podem falhar.
Aqui está o que deu errado...
❌ Desalinhamento Estratégico
A aquisição da EAS pela Abbott Laboratories marcou um momento crucial.
Mudanças na liderança pós-aquisição trouxeram mudanças na cultura organizacional e tomada de decisões.
Infelizmente, surgiu desalinhamento nos objetivos estratégicos, levando a confusão sobre a direção da marca e a diluição de sua proposta de valor única.
❌ Estagnação na Inovação
Com o tempo, a EAS teve dificuldades em inovar em um mercado em rápida evolução, onde antes dominava.
A falha em se adaptar às preferências em mudança dos consumidores e aos avanços na ciência nutricional deixou a marca para trás em relação aos concorrentes mais ágeis.
❌ Preocupações com Qualidade
Relatos de qualidade de produto inconsistente e eficácia erodiram a confiança na marca, e a EAS falhou em abordar essas preocupações.
❌ Aumento da Concorrência
O mercado que a EAS desfrutava, logo após a aprovação do DHSEA em 1994, tornou-se turbulento com a entrada de novos participantes ao longo dos anos, diminuindo a participação de mercado da marca.
❌ Negligência no Ambiente Digital
À medida que a era digital transformou o comportamento do consumidor, a EAS lutou para estabelecer uma forte presença online e aproveitar oportunidades de e-commerce.
❌ Desafios Regulatórios
Questões de conformidade, processos judiciais de ação coletiva e recalls de produtos mancharam sua reputação, tornando difícil reconquistar a confiança dos consumidores.
❌ Superdiversificação
A EAS tentou lançar produtos em muitas áreas diferentes, como energéticos (Piranha), exclusivos para mulheres (Results), lanches e outras categorias fora de seu foco central.
Esses esforços de diversificação deixaram a marca exposta por se estender demais.
❌ Falta de Autenticidade
Em uma era em que autenticidade e transparência se tornaram primordiais para as marcas, a mensagem da EAS pareceu cada vez mais desconectada das expectativas dos consumidores, minando ainda mais seu apelo de marca.
Infelizmente, em agosto de 2018, a outrora poderosa marca EAS foi descontinuada pela Abbott.
🚀 Lições Aprendidas 🚀
A queda da EAS ilustra a importância da adaptabilidade, inovação, alinhamento estratégico e foco no cliente.
As marcas devem permanecer vigilantes, reavaliar constantemente suas estratégias e responder às mudanças na dinâmica de mercado para evitar um destino semelhante.
Autor: Geraldo Vieira Junior
CEO Muscle Definition
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